quarta-feira, 23 de junho de 2010

Carnavalesco conta como será o desfile virtual da Império da Z.Norte

Entrevista exclusiva com o carnavalesco Henrique Pessoa:


Na Cadência da Bateria: Fale um pouco do Henrique Pessoa no carnaval virtual. Como começou. É a primeira vez com carnavalesco?

Henrique Pessoa(foto): Comecei ano passado com o Jonas, assinamos junto o Império Zona Norte. Este ano é meu primeiro ano solo. Segundo à frente do Império

Cadência: Qual a sua expectativa para o carnaval do Império?

Pessoa: Grande. Não sei como esse carnaval será recebido... Pois tem uma proposta nova, com movimentos inéditos em termos de alegoria e fantasias. Mas acho que o Império vem crescendo. Saímos de um penúltimo lugar em 2008, lembro-me que assisti ao carnaval (não pensava que poderia assinar como carnavalesco um dia) e fiquei chocado com as alegorias e fantasias (negativamente). Ano passado já ficamos com a sexta posição. Este ano garanto que o resultado será melhor.

Cadência: Observamos que "Luares” é um belo enredo... Qual será a mensagem que pretende mostrar no desfile da Império?

Pessoa: Nós trazemos a lua como tema inspirador. Não é uma abordagem linear, mas começamos com a teoria do "big splash". A grande explosão espacial que teria dado origem a Lua, segundo a comunidade científica. Passamos pelas influências naturais e que tiveram e têm a Lua como protagonista, a questão das lendas e a Lua como inspiração para poetas e testemunha dos velados segredos. Não estamos NUNCA sozinhos, a Lua está lá nos influenciando de alguma forma. A mensagem principal a que pretendo passar é que o homem desbravador dos céus e conquistador da Lua ainda não foi capaz de cuidar da sua própria casa; desbravar positivamente seu próprio planeta. Terminamos com imagens de seres que seguiram à risca a cartilha do bem viver e do bem cuidar da nossa Terra e do próximo, infelizmente a minoria colabora, precisamos conquistar e fazer do nosso planeta um bom lugar para se viver, respeitar a natureza... Desse modo, apreciar a Lua há de ser ainda mais belo.

Cadência: E o samba? O que achou da obra do compositor Diego Nicolau, que será hino do Império em 2010?

Pessoa: O Diego é um dos meus melhores amigos. Além de amigo é meu ídolo como compositor dessa grande paixão nossa "o carnaval". Era uma vontade de toda a escola que Diego tivesse um samba lá. Decidimos não abrir disputa por isso. O samba é bom e define bem o enredo. No carnaval virtual a parte artística, a criatividade nos desenhos, os efeitos especiais, enfim... são os fatores principais para levar a uma escola a se destacar e até chegar ao titulo.

Cadência: No carnaval da IZN há inovações ou a escola se limita pelas dificuldades que ocorrem?

Pessoa: Quais dificuldades? (risos). A Escola tem efeito especial até na fantasia da Porta Bandeira, em todos os tripés e alegorias. Para cada alegoria, por exemplo, usamos dez imagens sobrepostas. Uma técnica parecida a dos desenhos animados, em que você vai sobrepondo imagens para dar o efeito de movimento. O carro dois é um carro que mostra movimentos suaves. Foram 13 imagens seqüenciadas para dar o efeito desejado.

Cadência: Você almeja algo de grande importância no futuro nessa sua nova trajetória como carnavalesco?

Pessoa: Não sei. Tomo isso como uma brincadeira. Eu curto o lance do 3D, tenho até algumas idéias, mas não sou um craque no desenho a mão, isso é importante pro virtual. Todavia acho, sinceramente, que para ser um bom carnavalesco - fora do virtual - não é preciso ser um grande desenhista. Mas, ainda assim, prefiro ficar com os meus textos. (risos). Confesso que adoraria um dia ser jurado do quesito "enredo ou samba-enredo.



Sinopse - Enredo: "Luares"

"A Lua, e não o Sol, é o legítimo cronômetro do alvorecer dos tempos". (Autor desconhecido)

O tigre foi à Lua e voltou inspirado, disposto a refletir o brilho do único satélite natural da Terra na ânsia de cravar no universo digital sua bandeira azul e branca e seu nome para história do Carnaval Virtual.

A homenageada é a Deusa Lua a quem pedimos licença para referir. A mesma Lua que rasga o negro véu da noite, inspira poetas e acompanha as noites solitárias. A Lua já cantada e contada em verso e prosa; testemunha dos amantes e conhecedora dos velados segredos. A Lua lendária, capaz de inspirar violeiros e deixar mais bela qualquer serenata. A Lua que rege, governa e domina. A Lua de ébrios e sóbrios; mítica; mística, capaz de transformar e seduzir.

A tessitura de um sonho prateado se dará em fases e faces que somente a Lua revela, a Lua de LUARES.

São muitos os mistérios que cercam o surgimento da nossa via láctea e a Lua faz parte dessa atmosfera mística. Mas, o que se supõe é que sua formação tenha se dado há cerca de 4,5 bilhões de anos. Segundo a comunidade científica, por meio de uma grande explosão espacial denominada "Big Splash". O conceito astronômico postula o impacto de um planeta com a Terra, de nome "Theia" e tamanho similar ao do planeta Marte. "Theia" teria se afundado à Terra e o que sobrou de seu material foi, segundo teorias, agrupado ao núcleo terrestre. O resto do planeta e parte da zona superficial da Terra foram projetados ao espaço. O que sobrou do núcleo, então, estabilizou-se em torno de 22.000 km da Terra, apenas 27 horas depois do impacto, segundo a modelação utilizada pelos cientistas e, hoje, ocupa o lugar da chamada "Lua".

À parte o que há de concreto acerca dos estudos da Lua pela Ciência, reside, em outro pólo, inúmeras "faces" da Lua marcadas, sobretudo, por lendas que povoam o imaginário infantil e adulto revelando que todo aspecto mítico fascina, seduz, por uma possibilidade, ainda que ancestral, de ser ou de ter sido verdade.

Conta a lenda, por exemplo, que a Lua vestia-se de prata e o Sol de ouro, sendo eles donos da noite e do dia, respectivamente.

Apesar do amor ardente entre ambos, o mundo acabaria se os dois se unissem em casamento, pois o Sol queimaria a Terra e, nem mesmo o choro triste da Lua apagaria suas chamas. Mesmo apaixonados um pelo outro eles se separaram, desolados. A Lua não poderia se casar com o Sol porque também amava a Terra e não queria vê-la arder, pois sabia que nem chorando dilúvios de lágrimas conseguiria apagar o fogo do Sol.

Desesperada, a Lua preferiu salvar o mundo a casar-se com o sol e separou-se do tão amado astro-rei, chorando de saudades durante todo um dia e toda uma noite. Suas lágrimas escorreram pelos morros sem fim até chegar ao Oceano Atlântico, mas este se embraveceu ao receber tanta água, não permitindo que elas se misturassem com as dele. Algo inusitado, então, aconteceu. Tão estranho quanto fenomenal: As lágrimas da Lua escavaram um imenso vale entre serras que se levantaram entre os planaltos Central e das Guianas, barrado pela Cordilheira dos Andes, fazendo aparecer um imenso rio que mais tarde se chamou Amazonas.

Que haverá com a Lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez? (Mário Quintana)

A Lua sempre foi o marcador de tempo natural das mudanças periódicas que ocorriam em todos os reinos, era Ela também que assinalava todas as etapas e padrões do eterno ciclo da vida e da morte. Sua misteriosa luz prateada apontava o momento certo para o plantio, colheita, acasalamento e para as mudanças climáticas. Os antigos gregos a concebiam como um cálice vazio que se enchia e esvaziava lentamente, representando as alterações cíclicas das emoções, reações e necessidades humanas.

O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina e as transformações da vida.

A Lua, na Astrologia, é o regente de Câncer. Ela representa nossas necessidades emocionais mais profundas, nossas reações e hábitos instintivos e o inconsciente. É alma, lembrança, memória, passado, voltar-se para dentro.

Seu posicionamento no mapa natal, signo e casa que se encontra indicam como e onde o indivíduo gostaria de se sentir emocionalmente seguro na vida. Ela representa a mãe, a forma como foi a relação com ela - principalmente na primeira infância - e o que se herda dessa união.

Enquanto o Sol age, a Lua reage. Como reagimos instintivamente às circunstâncias? Aquele momento em que você "perde a cabeça" tem influência lunar. Podemos exemplificar essa reação através daquela pergunta que nos vem primeiro à mente assim que algo ocorre. Para a Lua em Áries, por exemplo, essa pergunta poderia ser: "O que eu devo fazer?". Para a Lua em Virgem, "O que isso significa?". Em Libra, "Isso é justo?". Em Escorpião: "O que realmente está acontecendo?".

A Lua, ao contrário do Sol, possui uma polaridade negativa e feminina. Deste modo, representa tanto questões do feminino como o instinto maternal, a fecundidade e a nutrição; como também mostra como será a nossa reação emocional imediata diante das mulheres. É uma das nossas imagens internas do feminino, representando a imagem da Deusa Mãe.



Luar

Guimarães Rosa



De brejo em brejo,

os sapos avisam:

--A lua surgiu!...



No alto da noite as estrelinhas piscam,

puxando fios,

e dançam nos fios

cachos de poetas.



A lua madura

Rola,desprendida,

por entre os musgos

das nuvens brancas...

Quem a colheu,

quem a arrancou

do caule longo

da via-láctea?...



Desliza solta...



Se lhe estenderes

tuas mãos brancas,

ela cairá

Na infância se vai à Lua num piscar de olhos. E dizem que o bom mesmo é ter o espírito pueril para sempre, pois só assim, farto de quimera, é possível pegar carona numa cauda de cometa e ver, lá de cima, a via láctea, brincar, quiçá, de esconde-esconde numa nebulosa e depois voltar, no mesmo espaço de tempo em que se foi. Se for sexta-feira 13, então, e for noite de lua-cheia, o bom mesmo é deixar a imaginação aflorar e ir à Lua, ainda que em posse de uma vassoura tomada da bruxa, o importante é viajar e deixar valer a fantasia.

A infância das paixões tão leves quanto os passos de um astronauta na Lua num tempo em que se dá até a Lua de presente a quem se ama, ainda que Ela seja de mel.



"A lua move-se lentamente, mas cruza a cidade."

(Provérbio Africano)



A Lua já inspirou poetisas como Cecília Meireles:



Lua Adversa

(Cecília Meireles)

Tenho fases, como a lua

Fases de andar escondida,

fases de vir para a rua...

Perdição da minha vida!

Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,

tenho outras de ser sozinha.



Fases que vão e que vêm,

no secreto calendário

que um astrólogo arbitrário

inventou para meu uso.



E roda a melancolia

seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém

(tenho fases, como a lua...)

No dia de alguém ser meu

não é dia de eu ser sua...

E, quando chega esse dia,

o outro desapareceu...



Inspirou Guimarães Rosa dentro de "Grandes Sertões: Vereda" e fora, também. O autor acreditava na força da Lua, respeitava curandeiros, feiticeiros, a umbanda, a quimbanda e o kardecismo. Dizia que pessoas, casas e cidades possuíam fluidos positivos e negativos, que influíam nas emoções, nos sentimentos e na saúde de seres humanos e animais e via a Lua como elemento chave para tomada de muitas decisões. Câncer é regido pela Lua símbolo do sonho, o inconsciente, o conto de fadas. E parece que é assim que Rosa se expressa em Riobaldo, personagem de "Grandes Sertões: Vereda" que conta um causo de seu passado, um registro de sua memória. O seu sertão, que só conhecemos pela sua palavra, parece-nos mais um mundo de sonhos, é quase irreal. Fábula de alguém cujo dominante é lunar, Guimarães consegue dar atmosfera de conto de fadas a uma realidade povoada de pedras e terras ressecadas. O sertão é encantado. E o que é o seu sertão se não uma linguagem de saber do mundo?

A Lua fez, também, Caetano Veloso criar Lua de São Jorge, lenda modificada à brasileira com forte influência da cultura africana pela associação do santo à figura de Oxossi, orixá da Lua, de acordo com as crenças baianas. Dizem que as manchas da Lua são, na verdade, Jorge, o Santo "Guerreiro" e seu Dragão. Até Frank Sinatra nos propôs uma viagem à Lua em "Fly me to the moon". Pintores como Tarsila do Amaral também trouxeram a Lua em suas telas, e compositores como Chiquinha Gonzaga também pintaram essa inspiração por meio de notas musicais. Artistas do mundo inteiro brindaram-nos com obras estupendas que foram, talvez, guiadas pelo brilho incandescente do único satélite natural da Terra. Muitos, hoje, luzes se tornaram, permutando-se ao brilho Dela.



"Este é um pequeno passo para um homem,

mas um salto gigante para a humanidade".

(Neil Armstrong)



O astronauta norte-americano Neil Alden Armstrong pisa na Lua dia 20 de julho de 1969, a bordo da Apollo XI e escreve o seu nome na história da humanidade proferindo a célebre frase: "That's one small step for a man, one giant leap for mankind" (Este é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigante para a humanidade). Há quem diga que as fotos não são capazes de revelar com veracidade tal feito e que a ida do homem à Lua não passa de uma grande especulação como produto da ambição norte-americana.

No auge da Guerra Fria, faz-se mister dizer, o astronauta Yuri Gagarin, russo, torna-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok I, pouco antes de Armstrong desvendar o solo lunar. Gagarin deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta Terra e proferiu a famosa frase ao mundo: "The Earth is blue" (A Terra é azul). Os EUA, para alguns, viram-se ameaçados na busca pelo poder tecnológico e teriam forjado a viagem espacial à Lua.

O pequeno passo para um homem e um grande salto para humanidade não teria acontecido? Verdade ou não somente a Lua pode dizer...

O que se sabe é que a humanidade capaz, supostamente, de desvendar o solo lunar, ainda não foi capaz de "conquistar" definitivamente o planeta Terra. A preservação, a igualdade e justiça social ainda são bandeiras não fincadas em nosso planeta azul. Fica no ar a esperança por dias melhores e a fé para que a inteligência humana seja posta, definitivamente, em prática em prol da nossa Terra que clama e chora por paz como um dia chorou a Lua...

Somos mutáveis, temos fases, faces, somos um em vários, vários em um só. Se não nascemos de bumbum para lua vamos à luta diariamente, se não com as armas de São Jorge, com as mãos que Deus nos deu. Ora "minguamos", ora somos "cheios", todavia não podemos deixar de brilhar.

O desejo é de que o homem seja "crescente" em esperança e atitudes de mudança no hoje para que essas se reflitam no brilho do amanhã, que esse amanhã seja sempre melhor e a fartura de amor regra na vida de todos. É preciso que a mente do ser humano "clareie", mas que não seja "aluada", mantendo sempre "nova" a fé e o espírito de renovação.

Por trás daquela Lua no céu há uma rua... É a estrada dos sonhos, um lugar iluminado. Mas só alcança aquela rua, só se chega aquele lugar quem estiver disposto a caminhar. É longe o trajeto, há de se alertar, mas toda a caminhada, não se esqueça, começa com o primeiro passo. Vamos à Lua?



Henrique Pessoa

Carnavalesco



Samba:

Compositores: Diego Nicolau e Diego Tavares

Deusa lua, fonte de inspiração

Rasgando o véu, pairando no céu

É Segredo e sedução

Lançou seu brilho no universo

Depois de uma grande explosão

A paixão pelo astro rei a fez chorar

Mas não puderam se amar

E suas lágrimas formaram um rio mar

Sua força misteriosa influencia

A natureza, o dia-a-dia

E a astrologia



Voei na cauda do cometa ... Pra te alcançar

Te ver de perto ... Me apaixonar

Pra brilhar aonde você for

Me queira sempre bem, eterno amor




Linda Lua, meu adorado cristal brilhante

Inspiração para poetas

Fascinação entre os amantes

É cura que brota na fé do terreiro

A morada de São Jorge, meu Ogum Guerreiro

Quero me tornar um astronauta

Alcançar sua beleza pra te desbravar



É seu o brilho da esperança

Herança que vai nos salvar!



Avante meu Império, vamos lutar

A Zona Norte é de enlouquecer

Pede pra lua nos abençoar

Que a vitória vai acontecer



Ficha Técnica:

Gresv Império da Zona Norte - 2010

Presidente: Diego Tavares

Enredo: " Luares"



Compositores: Diego Nicolau e Diego Tavares

Carnavalesco: Henrique Pessoa

Intérprete: Julia Alan

Cores: Azul e Branco

Símbolo: Tigres

Fundação: 02/03/2004

Cidade-Sede: Rio de Janeiro - RJ

Site: http://www.imperiozn.kit.net/

segunda-feira, 14 de junho de 2010

UBV já tem samba para 2010

"A UVB é do Baralho! - Sinopse:

O papel, advento criado pelos chineses, não permitiu somente legar as palavras resquícios do nosso presente, da nossa história. Ideogramas prensados para visionar o porvir, ou simplesmente divertir.

Um dia, o Imperador Sehun-Ho, a fim de presentear uma de suas namoradas criou um jogo para que pudessem prever o futuro. Pertenciam a um grande Império iluminado por lanternas chinesas e por amores inconstantes. Um exército de guardiões protegia um grande segredo que ali lhes pertencia. O próprio jogo de cartas não pôde prever que ali estava iniciando uma era de conquistas e vitórias. Suas conquistas e vitórias. Uma história do Baralho!

E percorreu o Oriente...

A invenção chinesa rompeu as grandes muralhas que cercavam o início de sua história. Da China veio numerado e na Índia ganhou novos jogadores e formas de jogar. Incorporou o Hinduísmo e as encarnações de Vishnu aos naipes. Logo o baralho tomou gosto popular sendo jogado às margens do Rio Ganges ou nas vielas das cidades. Um desafio para os indianos e para Ganesha, que é o símbolo das soluções lógicas e erradicar dos problemas. Do embaralhar do pensar.

Virou um presente dos Deuses ofertados a um Xeique Árabe. E foram mil e uma noites... De jogatinas. Harens, danças do ventre, juras de amor. A leitura Árabe foi introduzida através dos naipes. Agora somente quatro: Espadas, Bastões, Moedas e Taças. Na correria dos mascates no intenso comércio das feiras de rua, podia se encontrar à venda, ou à escambo, um jogo vindo do Oriente. Entre tapetes, especiarias e lâmpadas, ali se encontrava o baralho, ou Naib como chamavam.

Segue a caravana rumo à conquista de novas terras. Soldados árabes, camêlos, armamentos ao céu estrelado. A cada parada uma partida, partidas próximas a novas conquistas, vitórias.
Tamboreones anunciam!

O Naib chega à Europa levado pelos Soldados Árabes. Ganha gosto nos Reinos Medievais que se divertiam até então com o jogo de dados. As figuras do Clero passariam a integrar as cartas que já possuíam os naipes e a numeração. O Rei, a Dama e o Valete retratam as grandes figuras dos Castelos Medievais. Os naipes ganharam a simbologia que hoje conhecemos, e sua padronização foi importante para a disseminação e diversificação do Baralho pelo Mundo. Era uma vez... Um mundo a conquistar.

O poder de visionar o futuro ganhou pelas mãos de ciganos aventureiros, o mesmo intuito dos baralhos chineses. As cartomantes percorriam as cidades lendo e escrevendo o futuro de quem passava. Surgem junto com o Tarô, os trunfos e a figura do "Louco", ao que tudo indica os coringas que hoje conhecemos. Uma contribuição das cartas esotéricas.

Assim surgiram o Pôquer, o Buraco, o Copas Fora, os infantis Uno e Mico Doido, a Tranca, a Sueca... Entre tantas outras maneiras de se divertir com as cartas, que até hoje levam a diversão para o mundo inteiro. Seja em uma mesa à dois, ou presos à realidade virtual que hoje abriga os amantes dos jogos de baralho, é sempre possível tornar o sonho de ser campeão possível.

Carnavalesco Marcus Ferreira



Samba:
Compositor: Diego Nicolau




Bravo! Negócio da China!
Ideia divina de um Imperador
Dinastia de paixões
Que à luz de guardiões, o futuro revelou
Já numerado percorreu o Oriente
Se fez presente em novas formas de jogar
Naipes ganhou, desafiou
E caiu no gosto popular
Embaralhou o pensamento
Deixou o vento pras Arábias te levar



Mil e uma noites... de amor e jogatina
Dança do ventre, 4 naipes a bailar
Corre mascate, vá vender especiarias
Segue Naib, novas terras conquistar


A caravana então chegou
Ao continente europeu
Medieval inspiração, simbologia padrão
O mundo conheceu
Previu a sorte no Tarô cigano
Esotérico e insano... uma história do baralho!
"Tranca" a má sorte no "buraco"
Que hoje é jogo de campeonato



É carta na mesa!
Que eu tenho certeza
Ninguém segura a UNIÃO
O trunfo é vermelho e branco
Cortando a tristeza do seu coração

Tv na Cadência

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